Governo ensaia expansão da Rede de Ensino e Pesquisa
O Governo vai expandir a Rede de Ensino Superior e de Pesquisa de Moçambique (MoRENet), de modo a ser um factor fundamental no desenvolvimento da comunidade académica moçambicana.
Segundo avançou recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Jorge Nhambiu, este objectivo enquadra-se nos planos governamentais de ampliar a extensão de transmissão dos conhecimentos científicos e técnicos aos moçambicanos, e ser alavanca para o desenvolvimento da sociedade.
Na ocasião, o governante recordou que a informação e o conhecimento constituem pedras basilares do desenvolvimento acelerado e da construção de uma sociedade eficaz e funcional.
“É neste âmbito que o nosso Governo tem estado a desenvolver acções com vista à expansão e melhoria do acesso à infra-estrutura de comunicação de dados que consiga cobrir as necessidades de toda a comunidade académica, incluindo estudantes, docentes e investigadores, permitindo que estes tenham acesso à Internet e a outras redes de pesquisa nos seus respectivos campus universitários ou instituições de investigação”, disse Nhambiu.
O ministro referiu também que o Governo assume a Ciência, Tecnologia e Inovação como primeira força produtiva da economia nacional. E é, aliás, dentro deste entendimento que foi criado o Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP), bem como estabelecidos vários instrumentos que visam a materialização desta visão e missão, nomeadamente, a Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação de Moçambique, a Política de Informática e respectiva Estratégia de Implementação, a Estratégia de Governo Electrónico, bem como o Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos para a área de Ciência e Tecnologia, só para mencionar alguns.
A MoRENet é uma plataforma que tem como objectivo interligar as instituições de ensino superior e de pesquisa nacionais numa rede de comunicação de dados de alta velocidade, disponibilizando serviços de comunicação de dados de valor acrescentado. Deste conjunto destaque vai para o acesso partilhado à internet e a plataformas partilhadas de Tecnologias de Informação e Comunicação para o armazenamento e processamento de dados a custos acessíveis ou relativamente baixos, se comparados com os do mercado nacional das telecomunicações.
Esta rede faz parte da família das Redes de Ensino Superior e de Pesquisa (RNEP), que em várias partes do mundo oferecem soluções dedicadas às necessidades do sector académico e têm se constituído em plataformas para o desenvolvimento científico e das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nos seus respectivos países.
Segundo referiu é expectativa do Governo que a MoRENet seja expandida de modo a ser um factor fundamental no desenvolvimento da comunidade académica moçambicana, através de uma infra-estrutura tecnológica de interligação entre as instituições de ensino superior e de pesquisa, envolvendo as entidades detentoras de conteúdos culturais (museus, bibliotecas, arquivos, centros de documentação), instituições formais de criação e difusão do saber (escolas e universidades), organismos de pesquisa e desenvolvimento (universidades, empresas e laboratórios) e entidades de criação e divulgação artística (escolas e universidades, artistas e criadores), tem o mesmo espaço para o arquivo deste acervo de conhecimento e, tornar mais fácil o acesso ao mesmo pelo público especializado e pela população em geral e, igualmente, relativamente menos oneroso para o país e para cada instituição e utilizador.
Actualmente, esta rede interligada 20 Instituições de Ensino Superior e de Investigação e está conectada à Europa, via fibra óptica da SEACOM com a capacidade de 155 Megabit por segundo (155 Mbps).
Esta plataforma está também ligada à Rede Regional Africana de Instituições de Ensino e de Pesquisa, a UbuntuNet, através do Projecto África Connect, com uma capacidade adicional de 155 Megabit por segundo (155 Mbps).
Neste momento está em curso a expansão da mesma para cobrir todas as instituições de ensino superior e de investigação do país, devendo totalizar, até ao final do ano 89 delas.