Acções simples podem reduzir partos prematuros

Data: 18/11/2015
Acções simples podem reduzir partos prematuros

Frequentar as consultas pré-natais para o diagnóstico e tratamento precoce de algumas infecções e o abandono do consumo de bebidas alcoólicas e do tabaco durante a gestação são algumas das medidas que podem ajudar a reduzir a prevalência de partos prematuros no país.

Segundo a Ministra da Saúde, Nazira Abdula, a questão da prematuridade é preocupante não só no nosso país, onde a taxa de prevalência se situa nos 16,4 por cento, como também no resto do mundo, pois se estima que em cada dez partos pelo menos uma criança nasce prematuramente.

Falando momentos depois de oferecer enxovais a alguns bebés prematuros que estão a lutar pela vida internados na Pediatria do Hospital Central de Maputo.

A oferta insere-se nas celebrações do Dia Internacional do Bebé Prematuro que se exalta anualmente em todo o mundo. O nosso país participa pela primeira vez nas festividades chamando atenção para acções conjuntas de prevenção do problema, pois constitui uma das principais causas de internamento nos hospitais, assim como de mortes de bebés.

Para a ministra, é reconhecendo esta realidade que se definiu uma data para se reflectir e consciencializar sobre o impacto dos partos prematuros e a identificação de acções que podem ser levadas a cabo para a redução do problema.

“Sabemos que dois terços de casos de prematuridade podem ser prevenidos através de medidas simples que são fazer as consultas pré-natais onde nós podemos detectar algumas causas que provocam o parto prematuro, por exemplo, as infecções por malária, a infecção urinária, a infecção por HIV que quando não tratadas podem provocar um parto prematuro”, referiu Nazira Abdula.

Apontou ainda a casos de doenças crónicas, das gravidezes prematuras e do não espaçamento das gravidezes como sendo outros factores que contribuem para o nascimento prematuro de bebés. “Está provado que se não fizermos o espaçamento adequado, a probabilidade de uma mulher ter um parto prematuro é bastante alto. Se implementarmos estas acções passando as mensagens de quais são os factores que contribuem para os partos prematuros, podemos reduzir bastante os casos de partos prematuros”, sublinhou a ministra, aconselhando as mulheres a evitarem vícios prejudiciais à saúde do feto durante a gestação.

A data é celebrada numa altura em que Moçambique está entre os 10 países onde a prematuridade constitui uma das principais causas de internamento e mortes de bebés.