Desenvolver ciência e qualidades humanas
Os centros de excelência a serem estabelecidos nas instituições de ensino superior em Moçambique devem ser uma razão para a busca do conhecimento e da excelência humana.
O desafio foi lançado pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Jorge Nhambiu, quando falava sobre o estágio de implementação do programa, denominado Projecto de Centros de Excelência do Ensino Superior para África Austral e Oriental (ACE II).
Por outro lado, Jorge Nhambiu quer que as Ciências Sociais e Humanas transcendam a dimensão curricular de simplesmente descrever comportamentos e passem a influenciá-los, tudo em prol da excelência de vida em comunidade, sociedade, nas nações e no mundo em geral.
Assumindo as necessidades e as aspirações de Moçambique, o Ministro Nhambiu diz acreditar que os Centros de Excelência possam ser mais um instrumento para fazer face aos vários problemas e desafios que a sociedade apresenta.
“Moçambique tem uma história de grandes conquistas. Mas a maior de todas é o estágio consciente das suas necessidades e aspirações. Por isso, incentivamos que a concepção de estratégias e a selecção de áreas prioritárias para os centros de excelência seja de forma objectiva, arrojada, mas com consequências bem medidas e, sobretudo, com o futuro cientificamente visionado e que seja sustentável”, referiu Jorge Nhambiu.
É ainda desejo deste governante que, os centros de excelência façam emergir, também, os caminhos para a colaboração com a acção governativa, no aumento da produção, produtividade e competitividade, em todos os sectores de Moçambique, com impacto além-fronteiras.
Destacou ainda a importância de uma profícua colaboração entre os próprios centros de excelência e entre estes e as instituições do Governo.
“Muitas respostas poderão existir, mas nenhuma se deve furtar à necessidade de uma liderança partilhada e comprometida, bem como de um diálogo permanente entre os constituintes de um centro de excelência”, anotou Nhambiu.
O governante falou também da experiência e dos exemplos das dinâmicas existentes no país, na perspectiva de ter uma universidade como indutora das relações com o Governo, como sector regulador e fomentador da actividade económica.
Com efeito, nesta dinâmica, o Ministro inclui um terceiro actor, que é o sector produtivo de bens e serviços.
“Assim, os três sectores, em colaboração, visam a produção de novos conhecimentos, a inovação tecnológica e o desenvolvimento económico”, disse, sublinhando que, esta abordagem remete para um conceito que tem sido veiculado nos países desenvolvidos - o conceito de triple hélix. “Não será um desafio a aceitar de forma institucionalizada, agora com os centros de excelência? Poderá esta interacção entre os actores das três distintas hélices transformar o conhecimento em desenvolvimento?”, indagou Nhambiu.