Governo prevê atingir 7.8 do PIB
O crescimento económico do país (Produto Interno Bruto) deverá atingir os 7,8 por cento no próximo ano, segundo a proposta do Plano Económico e Social a ser apresentada no próximo mês ao Parlamento.
Com efeito, segundo a proposta aprovada ontem pelo Conselho de Ministros, reunido em mais uma sessão ordinária, a taxa de inflação média anual deverá ser mantida em 5,6 por cento.
A previsão do Executivo é de alcançar 4.501 milhões de dólares norte-americanos em exportações de bens e constituir reservas internacionais líquidas no valor de 3.273 milhões de dólares norte-americanos, o correspondente a 4,8 meses de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais.
Na mesma ocasião, o Governo aprovou a proposta de Lei do Orçamento do Estado de 2016 que prevê que as receitas atinjam 178.144,8 milhões de meticais, correspondentes a 26 por cento do Produto Interno Bruto.
A previsão de recursos externos situar-se-á em cerca de 64.707 milhões de meticais, correspondentes a 9,4 por cento do PIB.
A despesa total do Estado deve situar-se em 258.563,8 milhões de meticais, correspondentes a 37,7 por cento do PIB.
De acordo com informações prestadas pelo Vice-Ministro da Saúde e Porta-voz do Governo, Mouzinho Saíde, as despesas de funcionamento para 2016 estão programadas em 138.947,6 milhões de meticais, o equivalente a 20,3 por cento do PIB.
No mesmo contexto, a despesa com o pessoal situar-se-á em 71.889,3 milhões de meticais, o que representa 51,7 por cento das despesas de funcionamento, equivalente a 10,5 por cento do PIB e para bens e serviços estão previstos 29.909,1 milhões de meticais, o equivalente a 4,4 por cento do PIB.
O crescimento do PIB, segundo a proposta do Governo, será sustentado por um crescimento médio notável em todos os sectores de actividade, com destaque para a indústria extractiva, serviços financeiros, educação, construção, saúde, comércio, administração pública e defesa.
Os sectores que mais contribuirão em média para o PIB são a agricultura, transportes e comunicações, comércio e serviços e indústria transformadora. O crescimento previsto nestes sectores reflecte, em grande medida, a implementação de projectos estruturantes de pequena, média e grande dimensão.
As perspectivas do Governo são bastante promissoras e diferem dos dados avançados recentemente pelo Standard Bank no seu boletim económico mais recente que apontou para um cenário de uma contínua deterioração do crescimento da economia moçambicana até 2016, altura em que aquela poderá crescer apenas 5,5 por cento devido à persistência, sobretudo, de factores externos.
Na mesma sessão, o Conselho de Ministros aprovou a resolução que reconhece a Fundação Marcelino dos Santos, uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos e com personalidade jurídica própria, que tem por objectivo a promoção do desenvolvimento do conhecimento de modo a impulsionar o desenvolvimento económico sustentável de Moçambique e consolidar a cultura de paz e solidariedade social.