Mediadores confiantes no reatar do diálogo político

Data: 12/10/2015
Mediadores confiantes no reatar do diálogo político

O grupo de mediadores moçambicanos compromete-se a envidar todos os esforços para o reatamento do diálogo político entre o Governo e a Renamo com vista a uma paz efectiva no país.

O compromisso foi assumido pelo grupo momentos após o acto de entrega de armas recolhidas pelas Forcas de Defesa e Seguranca (FDS) moçambicana, na residência do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, na cidade da Beira, capital da província central de Sofala.

O diálogo político, iniciado em Abril de 2013. foi interrompido unilateralmente pela Renamo, através do seu líder, em Agosto último, após 114 rondas sem avanços significativos.

O mesmo surgiu a pedido da própria Renamo, com uma agenda elaborada por esta maior partido da oposicao.

O bispo da Diocese dos Libombos, Dom Dinis Sengulane, citado hoje pela Rádio Moçambique (RM), disse esperar que “o diálogo que aconteceu (na Beira) possa transbordar e atingir outros níveis de tal maneira que ninguém se sinta intimidado”.

“A nossa oração, o nosso apelo é que todos vivamos em paz, todos olhemos para este Moçambique como tendo muita fome da paz e que cada um possa dar a sua contribuição”, apelou Sengulane.

Para Dhlakama, o processo de entrega das armas constitui o inicio da 'reintegração' dos seus homens armados nas fileiras das FDS.

“Estas armas estão na Renamo desde 1992, com base do Acordo Geral de Paz. Para mim é o começo de reintegração”, disse.

Os guardas da Renamo que estiveram detidos por algumas horas foram soltos

Dom Dinis Sengulane e Lourenço do Rosário, parte de mediadores do diálogo político entre o Governo e a Renamo, testemunharam a recolha de todas as armas da guarda directa do líder da Renamo, que ocorreu Sexta-feira.

Igualmente testemunharam o acto a governadora provincial de Sofala, Helena Taipo, a chefe da bancada parlamentar da Renamo na Assembleia da República (AR), Ivone Soares, o arcebispo da Beira, Dom Cláudio Zuanna, entre outras figuras.

A recolha incluiu ainda as três armas de que a Renamo se apoderou no confronto ocorrido a 25 de Setembro, em Gondola, na província central de Manica.
(AIM)