Meta é vacinar 4 milhões de crianças
Cerca de quatro milhões de crianças de 0 aos 5 anos de idade e mulheres em idade fértil deverão ser vacinadas em todo o país na segunda fase da Semana Nacional da Saúde, que decorre desde ontem até sexta-feira próxima, de acordo com a Ministra da Saúde, Nazira Abdula.
A cerimónia central do lançamento da semana teve como palco a localidade de Guma, distrito da Massinga, província de Inhambane, e foi orientada pelo Vice-Ministro do pelouro, Mouzinho Saíde, que apelou à adesão massiva do público-alvo.
Entretanto, Nazira Abdula, que falou na última sexta-feira a jornalistas em Tete, à margem da abertura da campanha agrícola 2015/16, explicou que para as crianças serão aplicadas vacinas de suplementação de vitamina A, desparasitação e todas outras vacinas do Sistema Nacional da Saúde.
Às mulheres, por exemplo, será aplicada vacina contra o tétano e a administração de métodos de planeamento familiar, exames de saúde materno-infantil, entre outros aspectos pontuais.
A ministra da Saúde apontou ainda que durante a Semana Nacional da Saúde serão igualmente dadas algumas palestras sobre a prevenção de doenças contagiosas, com maior destaque para o HIV-SIDA, tuberculose entre outras epidemias que ceifam vidas humanas, sobretudo nas zonas rurais, onde os cuidados médicos são ainda escassos.
Ainda durante a semana, o pessoal da Saúde envolvido na campanha aproveitará a ocasião para a efectivação de outros exames para diagnósticos como de despiste da tuberculose e tensão arterial. Para o sucesso desta actividade, em todas as províncias do país estão criadas condições logísticas para evitar a ruptura de “stocks” de vacinas, meios circulantes e combustível para viaturas e motorizadas usadas pelas brigadas de vacinação no campo.
“Vamos aproveitar a semana para explicar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção de doenças, evitando o consumo de água imprópria, não fervida, construção e utilização correcta de latrinas e a lavagem das mãos com água e sabão ou cinza cada vez que a pessoa usa a latrina”, disse a ministra.
Conforme disse, seguindo estes cuidados básicos, as comunidades vão poder ajudar as autoridades sanitária a tomar medidas de prevenção de doenças como diarreias agudas e cólera que já eclodiram no norte do país, assim como melhorar o saneamento do meio enterrando o lixo que é foco de moscas e mosquitos.
Reconheceu haver ainda um grande desafio para corresponder a demanda da procura de assistência médica e medicamentosa, sobretudo nas zonas rurais, apesar de o Governo estar a envidar esforços no alargamento e expansão da rede sanitária.
“Estamos a conjugar esforços no sentido de um acompanhamento da expansão da rede sanitária com a componente de formação de pessoal qualificado para melhorar a prestação da assistência médica e medicamentosa às comunidades”, disse Nazira Abdula.