Ministra do Trabalho incentiva auto-emprego
A Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MTESS), Vitória Diogo, instou recentemente aos estudantes da Universidade Unilúrio a estudarem idealizando, quando concluírem os estudos, criar o auto-emprego, descartando, deste modo, a ideia de serem “eternos empregados”.
“Deixemos de pensar que estudamos para sermos, pura e simplesmente, futuros e eternos empregados, mas estudemos a pensar que podemos ser os futuros empresários do amanhã”, disse a ministra durante uma palestra para os estudantes daquela instituição de Ensino Superior do país.
A ministra, citada pela AIM, acrescentou que os estudantes devem ter a capacidade de aprender continuamente, visto que “as empresas sabem que é difícil, ou quase impossível, encontrar, no mercado do trabalho, um trabalhador pronto. Por isso, procuram indivíduos que têm a capacidade de aprender de forma contínua”.
“Tornem-se reinventores de vós próprios. Afinal, nós não somos criaturas acabadas. Devemos pensar que hoje fui bom, amanhã serei melhor. Devem fazer isso, actualizando os vossos conhecimentos”, apelou.
Na ocasião, a ministra defendeu que os estudantes com esta capacidade têm mais hipótese de empregabilidade.
Ela incluiu, neste grupo, aqueles que, para além de dominarem bem a sua profissão, possuem uma boa educação que lhes permite adquirir novos conhecimentos e de acompanhar a “velocidade meteórica” do avanço das tecnologias e dos novos métodos do trabalho.
“No mundo em que vivemos hoje já não basta ou nunca bastou, ou já não é mais suficiente, termos apenas o diploma universitário. Mais do que o diploma, devemos ter conhecimentos e competências para resolvermos os problemas e desafios que no dia-a-dia nos são colocados profissionalmente”, aconselhou Diogo.
Segundo ela, os estudantes “devem se dedicar continuamente ao aprimoramento das suas capacidades ou adquirirem conhecimentos. Sabendo pensar, nós sabemos fazer”.
Mas a ministra entende que é igualmente necessário que os estudantes saibam conviver, “há muitos que têm dificuldades de saber conviver”.
“Deverão desenvolver competências de comunicação. Temos de saber falar e comunicar, pois a comunicação torna-te mais atractivo para o mercado de emprego. O novo paradigma do mercado de trabalho inclui, entre várias atributos, a adaptação proactiva, criatividade, a determinação e capacidade de arriscar, pois só arriscando é que podemos aprender”, disse.
Mais do que isso, a ministra destaca que “o carácter e fundamentos éticos são importantes. As empresas e organizações têm interesse por indivíduos com competências técnicas e qualidade moral, pois valorizam não apenas o que sabemos, mas também o que somos”.