Moçambique com desempenho positivo
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, considerou ontem positiva a participação do nosso país nos Exercícios Militares da AMANI África II, uma componente-chave da Arquitectura de Paz e Segurança Africana (APSA), composta por contingentes militares, policiais e civis da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SADC).
Falando no Parlamento, na habitual sessão de perguntas ao Governo, Do Rosário justificou esta classificação com o facto de os moçambicanos que participaram nesta operação, que teve lugar na vizinha África do Sul, terem concluído a missão com êxito e regressado ao país em bom estado de saúde e boas condições técnicas dos meios utilizados na missão.
Neste exercício, o nosso país participou com um contingente de 170 homens, com o respectivo equipamento, integrando as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, da PRM e a componente civil.
Nestes exercícios globalmente, os países da SADC participam com um efectivo aproximado de 5508 homens, com respectivo armamento técnico.
Na sua intervenção no Parlamento, Carlos Agostinho do Rosário condenou, de forma peremptória, quaisquer actos de terrorismo, seja qual for a sua motivação. “Reiteramos que nenhum Estado está imune a este fenómeno de terrorismo, por isso o estreitamento da cooperação entre os países, ao nível regional e internacional”, disse o coordenador do Conselho de Ministros.
Explicou que Moçambique, no contexto da União Africana e da SADC, tem ratificado diversos instrumentos sobre terrorismo e outros crimes transnacionais e tem estado engajado na concertação, com os restantes países parceiros, para a tomada de medidas preventivas para que seja minimizado o risco de ser alvo do terrorismo.
É neste âmbito e muito particularmente na consolidação da paz e segurança no Continente Africano que o nosso país, segundo o Primeiro-ministro, participou no Exercício AMANI AFRICA II, na vizinha África do Sul, com 170 homens com respectivos meios técnicos.
No que tange às questões intramuros, o Primeiro-ministro congratulou-se com as iniciativas presidenciais de alcançar a paz efectiva e estabilidade nacional. “Esperamos que estas iniciativas e vontade de abertura do Presidente da República, Filipe Nyusi, ao diálogo seja correspondida por todos os actores políticos e sociais do nosso país e que a mesma seja acompanhada por processos de entrega voluntária às autoridades competentes de armas que estejam em mãos ilegítimas”, apelou Carlos Agostinho do Rosário.
O Governo foi ontem à Assembleia da República responder às perguntas das três bancadas parlamentares, feitas no âmbito da sessão habitualmente reservada para o efeito.
Assim, as três bancadas parlamentares fizeram um total de 15 questões, relacionadas com a implementação dos programas da juventude, progressão nas carreiras e pagamento de subsídios e horas extras a funcionários públicos, com destaque para os professores e agentes de saúde; gestão de calamidades naturais, manutenção da paz e estabilidade nacional, razões do elevado custo de energia no país; depreciação do metical; entre outras.
Para além do Primeiro-ministro, usaram da palavra para responder a estas questões vários ministros, com destaque para o da Juventude e Desportos, Alberto Nkutumula; da Saúde, Nazira Abdula; das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete; da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior, Jorge Nhambiu, entre outros.