Novo modelo a partir de 2016
Um novo modelo de formação de professores primários deverá ser implementado a partir do próximo ano lectivo, sendo a décima segunda classe o nível de ingresso exigido aos candidatos.
O facto foi anunciado há dias na vila de Chitima, em Tete, pela secretária permanente provincial, Lina Portugal, falando na abertura do primeiro conselho coordenador da direcção provincial de Educação e Desenvolvimento Humano.
Os cursos, a serem ministrados em todos os institutos de formação de professores primários, terão a duração de três anos.
Lina Portugal acrescentou que o projecto preconiza a reformulação do curso de formação de professores do Ensino Primário e educadores de adultos, cujo objectivo é a formação de profissionais competentes, científica e pedagogicamente comprometidos com a promoção e o desenvolvimento integrado das capacidades e atitudes que viabilizam a utilização dos conhecimentos nas mais diversas situações.
A outra acção desencadeada pelo Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano foi a revisão pontual dos programas do Ensino Primário e o consequente processo de docência neste subsistema de ensino.
Foi feita a introdução de disciplinas profissionalizantes e cursos de curta duração no Ensino Secundário Geral como forma de procurar desenvolver e compreender um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a vida que permitam ao graduado deste subsistema de ensino enfrentar o mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e competitiva.
Assim, para além de outras realizações, o Governo provincial de Tete está a envidar esforços no sentido de criar condições mínimas para que no próximo ano lectivo sejam alojados em turmas condignas os cerca de 38.197 alunos de diversas classes que durante o presente ano lectivo assistem aulas ao ar livre e sentados no chão.
A secretária permanente de Tete indicou que este ano o sector recebeu 8123 carteiras adquiridas e distribuídas pelo Governo, das quais 352 foram comparticipados pelos operadores de corte madeira na província.
“Queremos resolver o problema de 38.197 alunos e 727 turmas que estudam ainda ao ar livre e sentados no chão” - apontou Lina Portugal.
No domínio de pagamento de salários, horas extras e turno e meio, o Governo compromete-se a garantir que todos os funcionários da Educação tenham a tempo e hora os seus ordenados, como forma de motivá-los a trabalhar para garantir o sucesso do processo de ensino e aprendizagem.
Estão em curso paralelamente os actos administrativos, concretamente sobre as promoções, progressões e mudanças de carreira, embora se reconheçam que há problemas de satisfazer a todos devido aos orçamentos atribuídos.