Operação Tronco: Maputo Recebe Sete Mil Carteiras
UM total de 7.548 carteiras escolares produzidas no âmbito da Operação Tronco, levada a cabo pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), serão entregues até Dezembro às escolas da cidade de Maputo, numa acção que visa reduzir o rácio aluno/carteira.
Deste universo, 3412 vão para o Distrito Municipal KaMpfumu, 1390 para Hlamankulu, 675 para KaMavota, 539 alocadas para KaMubukwana, KaMaxaqueni receberá 530, KaTembe com 505 e 80 reforçarão o mobiliário de KaNyaka.
Com efeito, a governadora da cidade de Maputo, Iolanda Cintura, recebe hoje, formalmente, carteiras escolares, num evento a ter lugar na Escola Secundária Nelson Mandela. O número de carteiras a ser entregue vai superar as necessidades da capital em termos de mobiliário escolar.
Segundo Samuel Bique, chefe do Departamento de Estudos e Planificação na Direcção de Educação e Desenvolvimento Humano na capital, já havia sido ultrapassado o problema de alunos que estudam sentadas ao chão, verificando-se uma sobrecarga de três crianças por carteiras.
“Nós já tínhamos uma situação de não termos crianças sentadas ao chão, elas não estavam bem acomodadas porque nalgumas salas sentavam três a três e a ideia é que nas salas onde for possível vamos alocar trinta carteiras, o que corresponde a 60 alunos num determinado turno”, disse Buque.
Com o problema das carteiras resolvido, o sector da Educação terá o desafio de aumentar as salas de aula, principalmente nas escolas onde em cada sala cabem apenas 25 carteiras, enquanto a média de frequência está a cima de 60 alunos.
“Se olharmos para algum efectivo de algumas escolas, existem as com frequência média de 75 alunos por turma ou mais, e mesmo que haja carteiras suficientes para aquele número de alunos, o problema que se coloca é que já não teríamos espaço para colocar”, explicou.
Um outro problema que surge com a disponibilização de carteiras tem a ver com a conservação, o que levou as autoridades a investirem na aquisição de pranchas para as escolas poderem consertar as que se apresentavam em estado avançado de degradação.
“É por isso que no ano passado começamos a apetrechar quatro centros de manutenção de carteiras nas escolas secundárias Josina Machel, Francisco Manyanga, Quisse Mavota e no Instituto Industrial 1.º de Maio”, acrescentou a fonte.
Fonte: Jornal Noticias(Online).