PR no ensaio sobre capacidade de resposta
O Presidente da República, Filipe Nyusi, participa hoje, em Mocuba, na província da Zambézia, num ensaio sobre a prontidão na prevenção de calamidades naturais.
O evento, da iniciativa do Governo, conta com a participação de parceiros e da população local e pretende aferir o nível de preparação e prontidão das autoridades do sector no que respeita às respostas a dar em caso de ocorrência de cheias e inundações, de forma a evitar mortes de pessoas e destruição do património público e familiar, como aconteceu no início deste ano.
Durante a simulação prevê-se que Filipe Nyusi alerte a população sobre os perigos de viver em locais susceptíveis às cheias e outras calamidades e deverá falar das medidas de prevenção e de mitigação dos riscos dos desastres naturais sobre as comunidades e a economia do país.
As cheias que no início do ano fustigaram a província da Zambézia fizeram 180 vítimas mortais e afectaram 52 mil famílias, principalmente nas bacias do rio Licungo, que banha os distritos de Mocuba, Namarrói, Namacurra e Maganja da Costa.
Apesar dos esforços do Governo na mobilização das pessoas para o seu reassentamento em zonas seguras, na cidade de Mocuba famílias inteiras estão já a regressar e a reconstruir as suas casas nas margens do rio Licungo, expondo, uma vez mais, as suas vidas ao risco, mormente nesta fase em que se aproxima a época chuvosa e ciclónica.
Entretanto, o Governo Provincial da Zambézia acaba de receber um donativo oferecidopela Federação da Mulher Chinesa para ajudar as vítimas das calamidades naturais. Trata-se, essencialmente, de materiais de construção, nomeadamente chapas de zinco, pregos e insumos agrícolas.
No acto da recepção do donativo o governador da Zambézia, Abdul Razak, agradeceu o gesto de solidariedade demonstrado pela Federação e disse que a oferta vai contribuir para a melhoria das condições das famílias desalojadas.
Na ocasião Razak afirmou que o donativo vai ser distribuído a uma parte dos vinte e seis centros de reassentamento criados no período pós-cheias, acrescentando que os desafios de reconstrução do tecido socioeconómico da província da Zambézia são grandes devido ao nível da destruição de infraestruturas ocorrida durante as cheias.