Vistos para RAS passam a ter validade de 90 dias
O Visto de entrada para visitantes moçambicanos na África do Sul vai passar de 30 para 90 dias a partir do próximo ano.
O anúncio foi feito sexta-feira, em Pretória, num encontro entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e a comunidade moçambicana residente na África do Sul, à luz da visita do Chefe do Estado àquele país.
As autoridades governamentais dos dois países trabalham igualmente para garantir que a fronteira de Ressano Garcia funcione vinte e quatro horas por dia a partir do próximo ano.
Estas foram algumas das preocupações dos mais de trezentos mil moçambicanos residentes na África do Sul apresentadas ao Presidente Nyusi.
Os mineiros, em particular, queixaram-se ao Chefe do Estado sobre o alegado tratamento inadequado a que são sujeitos por parte dos trabalhadores das Alfândegas e da Polícia de Trânsito, para além de uma taxa de câmbio relativamente baixa praticada pelos bancos nacionais. Os mineiros recebem parte dos seus salários em Moçambique.
A falta de documentos de identificação é outra das preocupações dos moçambicanos vivendo e/ou trabalhando na África do Sul. Porém, de Fevereiro a esta parte trinta e três mil e quinhentos documentos de viagem foram emitidos a favor de cidadãos nacionais. Foram também emitidos três mil Bilhetes de Identidade.
Por outro lado, a comunidade moçambicana na África do Sul queixou-se ao Chefe do Estado da falta de condições para o registo de novos nascimentos.
Os moçambicanos residentes na região de Gauteng dizem que as grandes preocupações são os documentos, passaportes e crianças menores nascidas naquele país sem nenhum registo.
Sulemane Gulamo Sulemane fez saber que algumas crianças nascidas na África do Sul, de pais moçambicanos, têm dificuldades de se matricular por falta de documentação de registo.
A região de Gauteng integra as cidades de Joanesburgo e de Pretória.