Exército deve reactivar educação cívico-patriótica
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) devem consolidar e fomentar a educação cívico-patriótica através da disseminação da disciplina, como forma de garantir que o Exército continue a ser uma referência e verdadeira escola de cidadania e da promoção de auto-estima e paz.
O facto foi defendido esta quarta-feira pelo Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Filipe Nyusi, quando falava no Instituto Superior de Estudos da Defesa Armando Emílio Guebuza, na Matola, na cerimónia de abertura do XVI Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional (MDN).
O Chefe do Estado encorajou, na ocasião, o sector de defesa a consolidar e fomentar permanentemente a educação cívico-patriótica, através da sua disseminação como disciplina, a realização de cursos específicos e criação de órgãos, a todos os níveis, devidamente estruturados e com funções claramente definidas.
Defendeu que a educação patriótica é uma plataforma que permite continuar a incutir o amor por Moçambique e pelo povo, assim como o orgulho de pertencer a esta pátria.
“Permite ainda que as Forças Armadas continuem a ser uma referência e uma verdadeira escola de cidadania, de promoção da auto-estima, da paz e de consolidação da unidade nacional”, indicou.
Num outro desenvolvimento, o Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança realçou ser um dado assente que o capital humano sempre constituiu uma das maiores prioridades da “nossa existência histórica como Estado”.
“Foi com a formação que moldámos quadros que viriam a desempenhar um papel activo na dinamização do processo de libertação nacional, na preservação da nossa independência e promoção do desenvolvimento socioeconómico. Hoje, volvidos 40 anos da nossa independência, a formação continua cada vez mais relevante, porque formar ou educar o homem é estar preparado para superar qualquer desafio”, sustentou.
Esta asserção, segundo o Chefe do Estado, é igualmente válida para os desafios de defesa nacional, face aos mais variados e dinâmicos cenários militares e de segurança nacionais, regionais e globais que assumem contornos cada vez mais complexos.
A formação, defendeu, “é uma ferramenta fundamental que permite interpretar, compreender e explicar os fenómenos políticos, militares e sociais, numa perspectiva de tomada de decisões mais ponderadas e acertadas.
Segundo a sua percepção, a arte e ciência militares estão em constante evolução, o que exige uma permanente actualização de conhecimentos que só se adquirem no processo formativo individual ou colectivo.
“Queremos lançar um desafio no sentido de o sector da defesa continuar a apostar na qualidade dos praças, sargentos e oficiais formados nos nossos estabelecimentos de treino, ensino e formação militar. Devemos avaliar o impacto nas unidades militares para onde são afectos os quadros formados nestes estabelecimentos, na perspectiva de através de observação física desenhar acções para melhorar cada vez mais a qualidade de formação”, instou.
O XVI Conselho Coordenador, subordinado ao lema “Sector de Defesa, priorizando a formação, firme na consolidação da Unidade Nacional, Paz e Segurança” termina ainda hoje.