Modernização das FADM constitui um imperativo
O Sector da Defesa nos seus vários ramos deve prosseguir os esforços de modernização para que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) possam cumprir cabalmente com a sua missão regulamentada no quadro constitucional que se consubstancia na defesa da integridade territorial,
da economia, bem como dos valores da democracia e Estado de direito, pressupostos que tornam possível a existência de Moçambique como Nação.
A exortação foi feita ontem, na Matola, pelo Chefe do Estado e Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Filipe Nyusi, na abertura do XVI Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional, que decorre sob o lema “Sector da Defesa, priorizando a formação, firme na consolidação da unidade nacional, paz e segurança”.
Defendeu o apetrechamento das principais unidades como a Marinha, Exército, Força Aérea e o serviço de saúde militar com pessoal e meios para incrementar a sua capacidade operacional para que possam cumprir com a sua missão.
Na reactivação da Força Aérea há a necessidade da especialização do pessoal, da exploração e manutenção dos equipamentos para que se imponha na defesa do espaço aéreo e no apoio aos demais ramos das Forças Armadas.
Na saúde militar recomendou à necessidade de se incrementar os esforços iniciados, nomeadamente na formação de trabalhadores, reabilitação e edificação de infra-estruturas e equipamentos.
“O incremento da capacidade e qualidade de intervenção deve acompanhar o crescimento das necessidades das Forças Armadas no quadro das missões de interesse público. Especial atenção vai para o aprimoramento da excelência na prestação de serviços. Todos os esforços empreendidos para a modernização das Forças Armadas só terão sentido se investirmos simultaneamente na capacidade de manutenção e conservação dos meios em todos os ramos e serviços e a todos os níveis”, defendeu.
Recordou que o sector deve estar atento à evolução da situação política e de segurança nacional, regional e internacional. Deve capacitar o serviço responsável pelo tratamento de informações para que seja possível aprimorar a sua função de facilitar a tomada de medidas preventivas e dissuasivas face às actuais e novas ameaças.
Garantiu que o Governo continuará a envidar esforços no sentido de o sector da Defesa continuar a cumprir com as suas missões constitucionais, incluindo de apoio humanitário à população.
Instou aos quadros da Defesa a prosseguirem a consolidação das bases jurídico-legais revisitando os principais instrumentos estruturantes da política de defesa nacional para ajustá-los ao actual cenário nacional, regional e internacional bem como a sua evolução.
“Estes instrumentos, depois de apresentados e aprovados pelos órgãos competentes, tornam discernível e previsível o caminho a percorrer no processo de edificação das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, do ponto de vista organizacional e operacional, permitindo que estejam aptas para os desafios actuais e futuros”, sustentou.
Felicitou as FADM pelos feitos alcançados, sobretudo, no que tange à formação, contribuindo, desta forma, para a elevação da sua prontidão operacional.
O Chefe do Estado disse esperar que o Conselho Coordenador apresente propostas de soluções pragmáticas e sustentáveis que se ajustem à realidade do país.
O XVI Conselho Coordenador do Ministério da Defesa, que decorre até ao próximo dia 31 de Outubro, vai avaliar o grau de desempenho e estágio de cumprimento do plano económico e social 2015. O lema surge como uma demonstração da importância da formação do capital humano com vista a elevar cada vez mais o nível e a capacidade de intervenção no projecto de preservação da paz e estabilidade.
Nas palavras do Chefe do Estado, “a formação, pela sua centralidade, está directamente associada à prontidão do sector da Defesa para o cumprimento da nobre missão de defender a soberania e a integridade territorial”.
A formação, segundo Nyusi, é uma ferramenta fundamental que permite interpretar, compreender e explicar os fenómenos, políticos, militares e sociais, numa perspectiva de tomada de decisões mais ponderadas e acertadas face aos mais variados e dinâmicos cenários militares e de segurança nacionais, regionais e globais que assumem contornos cada vez mais complexos.