Medidas para melhor gerir a época chuvosa
O Governo espera concluir a elaboração do plano de contingência para a presente época chuvosa até princípios do próximo mês para que o país esteja melhor preparado para fazer face às calamidades no período que decorre até Março de 2016.
De acordo com informações facultadas por Rita de Almeida, porta-voz do Conselho Técnico de Gestão das Calamidades (CTGC), as províncias já finalizaram o trabalho e neste momento o documento está a ser sistematizado, incluindo as informações dos sectores a nível central.
Uma vez concluído este processo, o documento será analisado pelo Conselho Coordenador de Gestão das Calamidades (CCGC), presidido pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, no próximo dia 23 de Outubro, antes de ser submetido à aprovação pelo Conselho de Ministros.
O referido plano indica as necessidades materiais e financeiras para fazer face aos cenários previstos, nomeadamente seca, inundações, ciclones e sismos, incluindo o número de famílias que poderão ser afectadas.
Segundo a nossa fonte, o processo de elaboração do plano seguiu-se à divulgação da previsão climática sazonal para a África Austral em Setembro último ,após a reunião da SARCOF ( Fórum Regional de Previsão Climática).
O plano de contingência tem como base as previsões hidro-meteorológicas, da agricultura e os dados existentes sobre zonas de risco, acções a realizar antes e depois, materiais, equipamentos e recursos humanos necessários e disponíveis e mecanismos de coordenação a cada nível bem como a demanda em termos de recursos financeiros.
Após a aprovação do referido instrumento de orientação, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, INGC, vai monitorar a sua implementação em função dos avisos emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia.
O Instituto Nacional de Gestão das Calamidades iniciou já o pré-posicionamento dos meios em alguns distritos susceptíveis à ocorrência de cheias, além de tendas para o abrigo das vítimas.
A última avaliação do Conselho de Ministros dá conta de uma reduzida disponibilidade de água para o consumo humano nas zonas áridas e semi-áridas das províncias de Gaza e Inhambane, facto que afecta também o abeberamento de animais.
Nestas duas províncias continuam a ser levadas a cabo acções de perfuração de furos multifuncionais com o objectivo de alargar a disponibilidade de água para além da disponibilização através de cisternas.
A criação de comités de gestão de risco nos distritos susceptíveis a inundações é uma das estratégias adoptadas para reduzir o impacto das calamidades, estando já envolvidos na divulgação dos avisos prévios, de modo que a comunidade esteja em prontidão.
Pelo menos 1040 comités de gestão de risco das calamidades estão em funcionamento em todas as províncias, dos quais cerca de 30 por cento estão equipados com meios de salvamento.