Moçambique comprometido com valores da Commonwealth
Moçambique reafirmou durante a Cimeira da Commonwealth que ontem terminou, em Malta, o seu comprometimento com os valores e princípios da organização, nomeadamente
no que diz respeito à manutenção da paz, democracia, direitos humanos, boa governação e desenvolvimento sustentável.
O Presidente Filipe Nyusi, falando em conferência de imprensa de balanço da participação de Moçambique neste fórum, disse que os princípios da organização encaixam-se perfeitamente no programa quinquenal de governação.
“Foi a nossa primeira participação e numa altura em que Moçambique completa 20 anos como efectivo na organização. Este é um fórum conveniente para Moçambique e a nossa participação foi feliz. O nosso objectivo era estarmos presentes, ao mais alto nível, sendo a primeira vez, para buscarmos as diferentes sensibilidades dos países-membros, mas também para darmos a nossa contribuição”, sublinhou.
A interacção com os membros da Commonwealth, segundo o Presidente Nyusi, permitiu reforçar a cooperação, incluindo a empresarial e comercial, bem como as relações intra Commonwealth, que é um ambiente favorável para o nosso crescimento”.
No retiro dos Chefes de Estado e de Governo realizado sábado, sobressaíram questões como mudanças climáticas, a emergência do radicalismo e do extremismo para além da problemática dos refugiados.
“Endossámos uma forte mensagem para a reunião de Paris que amanhã (hoje) começa. Ficou claro que se deve trabalhar no sentido de combater as causas destes problemas. Os países precisam de não perpetuar os problemas que lhes dão origem”, indicou.
A Cimeira de Malta foi também uma oportunidade para Moçambique expor as suas potencialidades para atrair investimentos.
Neste contexto, Nyusi anunciou para breve a vinda de uma missão empresarial de Malta que pretende explorar oportunidades de negócio, atendendo o potencial que detém em áreas como o turismo, agricultura, processamento de alimentos e no ramo têxtil.
“A nossa presença foi produtiva e deixámos a mensagem forte de que queremos resolver o problema da segurança, migração, violência, empoderamento da juventude e da mulher e promovermos a boa governação, liberdade de expressão, o que se consegue tendo uma base económica forte”, indicou o Chefe do Estado.
Realçou que o facto de Moçambique realizar eleições regulares e conforme estipulado na Constituição é um sinal forte que o país dá no respeito pelas leis e promoção da democracia.
“Por outro lado, participamos voluntariamente em fóruns de boa governação e somos colocados em avaliação permanente e as recomendações usamo-las para corrigir o que está mal. A liberdade de expressão no nosso país não é só através da imprensa, mas também abre-se para os cidadãos. São valores que partilhamos com os nossos colegas. Do ponto de vista económico, temos boas relações com os países-membros e pensamos que temos espaço para fazer mais. Este fórum traz experiências de vários continentes que nos ajudam a evoluir e vale a pena participar nele”, indicou.