Moçambique no grupo de países que reduziram mortalidade infantil
Moçambique integra um grupo de 10 países da África Subsahariana que conseguiram atingir metade das metas dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODMs) referentes a redução da mortalidade infantil.
Segundo um comunicado conjunto do
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Banco Mundial, os 10 países da África subsariana de baixa renda que conseguiram atingir a metade dos ODM são Eritreia, Etiópia, Libéria, Madagáscar, Malawi, Moçambique, Níger, Ruanda, Uganda e, por último, Tanzânia.
A morte de menores de cinco anos reduziram de 12,7 milhões por ano em 1990 para 5,9 milhões em 2015, refere o documento, acrescentando que este é o primeiro ano em que o número se situou abaixo da marca dos seis milhões, tendo a mortalidade infantil caído para mais da metade comparativamente à década de 90.
O relatório, intitulado Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil 2015, avança ainda que a redução de 53 por cento na mortalidade em menores de cinco anos não é suficiente para se atingir os ODM de uma redução de dois terços entre 1990 e 2015, pois 16 mil crianças menores de cinco anos continuam a morrer todos os dias.
O principal desafio continua a registar-se no nascimento ou por volta desse período, visto que a prematuridade, a desnutrição, a pneumonia, complicações durante o trabalho de parto, a diarreia e a malária continuam a ser os principais causadores da morte infantil, lê-se no documento.
A taxa de redução da mortalidade infantil pode acelerar consideravelmente mas, para o efeito, urge trabalhar nas regiões que apresentam os níveis mais elevados, neste caso concreto, a África Subsahariana e o Sul da Ásia.
África Subsaariana apresenta a taxa mais elevada de mortalidade em menores de cinco anos do mundo, com uma em cada 12 crianças a morrer antes do seu quinto aniversário, 12 vezes mais de elevada do que a média de 1 em 147 crianças nos países de alta renda. Refere.
A África Subsahariana, como um todo, continua a confrontar-se com o enorme desafio de uma população crescente de menores de cinco anos, projectada para aumentar em quase 30 por cento nos próximos 15 anos, aliada à pobreza persistente que se verifica em muitos países.
Dentro da escala global, segundo o relatório, cerca de um terço dos países do mundo, 62 atingiram a meta dos ODM de reduzir a mortalidade em menores de cinco anos em dois terços, enquanto outros 74 países reduziram as taxas pelo menos pela metade.
Desta feita, o mundo, como um todo, tem estado a acelerar o progresso na redução da mortalidade em menores de cinco anos, tendo a sua taxa de redução anual subido de 1,8 por cento em 1990-2000 para 3,9 por cento em 2000-2015.
(fonte: AIM)